Havia em Babilónia um
ministro mal-amado. Não se lhe conhecia carisma ou talento, mas metia a mão em
todos os negócios de Estado...
Os babilónicos,
amassando o barro, entreolhavam-se, conformados...
Um dia, o ministro foi
a academia, onde nunca antes, para aprender, havia entrado. E subiu ao palco – “lugar de poder” – para exercer o “discurso do poder”...
Jovens indignados apearam-no
do pedestal, com cantos, apupos e hinos...
Logo os escribas e
vestais do regime, em grande clamor, rasgaram as vestes – a democracia perigava,
decretaram...
Um poeta sábio e semilouco,
com o estilete gravou no barro: “o povo é
quem tudo dá e tudo tira – até o poder
da Palavra!”...
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Hammurabi, o
legislador, prepara o cerco da cidade...
13 comentários:
Tenho lido estas notícias com algum 'contentamento' dentro do 'descontentamento que nos assiste'...
Beijos.
Cantemos numa só voz!
(adoro estas notícias da Babilónia! )
Beijinhos
Li em poucos segundos
Imagens que ilustram os factos levam mais de três minutos...
e sem o detalhe expressivo deste teu escrito
Vou deixar os audiovisuais
Aqui vê-se mais
Em poucas palavras: Vamos saltar as muralhas.
Abraço
Um dia o povo
será quem mais ordena
Abraço sempre
Ouvir Montenegro falar em "ataque à Democracia" soa a blasfémia.
Bons sonhos.
« Um poeta sábio e semilouco, com o estilete gravou no barro: “o povo é quem tudo dá e tudo tira – até o poder da Palavra!”...»
que jamais se silenciem "os poetas sábios e semiloucos".
sequer os jovens (ainda) capazes de se indignarem!!!
parabéns, Herético, por estas crónicas.
Mel
É desses poetas sábios e semiloucos que o País precisa!
Abraço
Cantemos
em riste
Esse é o terror: o que prepara o cerco à cidade! Aí vem (mais) saque e pilhagem!
(enquanto o povo 'não' tudo tira)
abraço.
Os pés de barro do político nem para amassar servem...
Abraço
Saudações amigas é um prazer por aqui passar
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