Não mais Pirâmides
suspensas
Apenas esfinges
corroídas...Areias do deserto
Vento suão
Em cada sopro...
Não mais Nilos...
Quem de Helena, tróias?!
Quem tece o rosto de Penélope
Em meus dedos?
Que romanos, que
glórias?
Que Cervantes? Que
mistérios?Que Machados? Que Castelas?
Que sedes de mil anos?
Correntes de água pura
Neruda índios neves de
montanhasMeu sangue ardendo no gelo das estepes
Camões de luto jangadas capelas imperfeitas
Pessoa no proscénio...
Não mais heróis
Não mais ilhas...
Míticas profecias!...Que Vieiras?
E no entanto este Povo
Este olhar que queima em cada gesto...
E este fado...
10 comentários:
Fatum, amigo, fatum pesado e arcaico nos cobre os dias ...e eu começo a desesperar sem querer
Abraço
Maravilha. Vou levar.
Este povo geme e definha!
Abraço
Neste Povo (parece-me) só o olhar queima. O gesto, sem jeito, esmorece.
"Triste sina, estranha condição"
Beijo
Laura
Este fado corridinho que um povo tão guerreiro como o nosso não merece, apesar de estar a ser congeladinho...Ai, a Catedral de Burgos! tem trinta metros de altura e as pupilas dos meus olhos dois milímetros de largura-A. Gedeão. Belíssimo o teu poema...Abraços,
Véu de Maya
Que Viagem.Que História. Que Poema.
Que espanto!
Um abraço
Belíssimo
este povo que me doi
Abraço sempre
Esperando gestos que queimem...
Porque há outros fados
Fernando Pessoa disse que 'no Fado os deuses regressam legítimos ...'
25 de abril - hora de acreditar na virada.
Lindo lindo esse poema Sr.Manuel!
grande poeta_ o melhor contemporâneo que conheço( ?)
abraço
este fado, que geme...
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