Na rebentação da
Palavra
Na inesperada
claridade onde os lábios fremem
As bocas ardem
E os corações se
agitam...
No festivo palco
de todas as revoluções
E no vermelho
mais alto das bandeiras...
No sangue de
nossos mártires
E no culto
venerando dos heróis...
Na epifania dos
dias futuros
Que as entranhas
do presente e o coração das trevas
Anunciam...
Na amargura de
uma Primavera tardia...
Acolho o grito sufocado do Mundo
E a dor das mães
E todas as margens sem rumo...
E todas as margens sem rumo...
...................................................
Expiação de
poeta ou água
Ou sémen em
alvoroço
Fecundo...
11 comentários:
Poeta fecundo. Hás-de emprenhar a Liberdade.
Abraço
E o Poeta se revelou "Na rebentação da Palavra" ... fecunda.
Belíssimo!
Beijo
Laura
... e se a Primavera tiver que arder
que arda
pior será tremer no Verão
Abraço
Completamente fértil de facto.
:)
"E todas as margens sem rumo..."
Alvorocemo-nos pelo chegada da primavera!
Abraço
a inquietude no corpo e na alma...
e a Primavera que tarda...
muito belo.
um bom fim de semana.
um beijo
:)
Cada palavra perene, bela e cheia de uma força extraordinária! Adorei.
bjs
Agora fiquei com vontade de praticar expiação sobre o que ocultam estes versos claros!...
Um abraço em verso, oculto no sistema binário dos cabos que nos ligam, claro porque aqui se fala na língua poema
Poeta fértil de sonhos e liberdade!
Bom fim de semana
... e"todas as margens sem rumo'
e as mãos se tocam cada vez menos.
Seu poema faz-me lembrar lamentação de Drummond:
"... coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
e adiar para outro século a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan. "
"Elegia" quando puder leia _ enquadra-se bem!é o sentimento _quisera fosse do mundo!
belo poema heretico
sempre muito bom,
abraços
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