Nem cânticos, nem glórias, que favores
Sou o rio ou aqueles
montes desertos
Que de longe atraiem,
mas que de pertoPedras rolantes apenas cuidando o sopro...
E nessa miragem me
despenho. Inteiro.
Que de mim apenas o voo
a que me afoitoSem asas de falcão. Nem alvos de permeio.
Mas fervoroso nos dados em que me jogo...
Sou nada ou o infinito – queiram ou não.
De resto – é como digo - que mais m´ importa?
De pés descalços e olhar altivo me visito
Nas rosas que colho e nos frutos que semeio...
Amores e desamores. E peito aberto!...
11 comentários:
Ah Poeta! Poesia rebelde, à distância de um gesto, de peito aberto.
Abraço
É assim que eu gosto dos poetas! Presos apenas às suas palavras...
bjs
... meu irmão...
o meu neto
que fala por gestos
é um sábio
um dia será silvestre
nas tuas palavras
Abraço sempre
Somos nada ou o infinito - queiram ou não, meu irmão.
A inteireza como a mais alta das "bandeiras".
"De pés descalços e olhar altivo me visito
Nas rosas que colho e nos frutos que semeio..."
Detenho-me nestes versos que ilustram, de certo modo, a minha afirmação.
Um beijo
Bom poema! Gostei desta poesia saudavelmente segura de si.
O meu abraço!
A ler e a tropeçar... aqui:
"Sou o rio ou aqueles montes desertos/Que de longe atraiem, mas que de perto/Pedras rolantes apenas cuidando o sopro..."
e em
"E nessa miragem me despenho. Inteiro."
e também aqui
"De pés descalços e olhar altivo me visito/Nas rosas que colho e nos frutos que semeio.../ Amores e desamores. E peito aberto!..."
E gosto muito!
Beijo
Laura
Para mim, um dos teu mais vibrantes poemas!
Um estreito abraço, Manuel.
Sempre clássico sempre necessário.
Amor e desamor vertentes 'pedras rolantes'
Gosto muito obrigada por escrever e compartilhar.
abraço bom domingo
escreve-se o que se sente...
Quase apostava que Régio assinaria por baixo!...
Gostei fundo.
abraço!
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