Gota a gota o
calcário na persistência da água
Inaudível música
a inundar o interior da pedraAntes da forma...
O furor das
catedrais são meus olhos
E as linhas que
precedem a condensação das horasAinda fluidas...
E os invisíveis
dedos no rosto das coisas
Que amadurecem
na vibração das tempestadesAdormecidas...
Nada é eterno.
Nem a voracidade das chamas
Nem o colapso
dos gelos, nem a sedimentação dos dias.Nem o esplendor das montanhas sagradas...
Apenas o vigor
de cada forma em novas formas.
E a infinita permanência
do Sol. E a precária vontadeDos homens...
E o adejar do
poeta derretendo as asas...
8 comentários:
Gostei de todo o poema, mas o último verso "colou-se" em mim, não se quer soltar...
Abraço
"Derretendo asas" contrariando "a precária vontade dos homens"
Bem-haja, o Poeta!
Lídia
apenas o sol, "a infinita permanência do Sol", nos antecipa, humanos que somos, e nos é posterior. em tudo o mais, precários e finitos, sem dúvida.
belíssima poesia, sempre.
bem haja
Mel
O apelo telúrico da poesia que ecoa nas cisternas onde saciamos sedes antigas.
Mais um grande poema.
Abraço Amigo
Nada é eterno...a não ser a Eternidade, ela mesma.
Boa semana.
Grande Poema, Amigo! Obrigada.
(Nada é mais doloroso "que a precária vontade dos homens". Nada!)
perfeito!
confesso que o último verso, está excepcional.
um beijo
:)
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