Em Babilónia apenas as palavras são
pródigas – todo o resto fenece...
Dizem mesmo os magos que a cidade será
em breve apenas coitada de velhos - esquálidos...
Entretanto, o que ontem era verdade é
hoje mentira – e o provisório torna-se
definitivo!...
Hammurabi, o legislador, manda calar os
recalcitrantes, garantindo-lhes que andaram anos a “viver acima das suas possibilidades”. Uma rotunda verdade – de facto, os babilónicos viviam no luxo de amassarem o barro e poderem fazer
filhos!...
E não devem!... Que a sábia palavra de
Hammurabi é o resgate - e a infalível
redenção do futuro!...
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E um jovem menestrel, em jeito de fado: “as palavras estão gastas/são odre vazio/é
a luta dos homens/que lhes dá o sentido...”
9 comentários:
As palavras estão mesmo repetitivas e gastas, no caminho do poder. Do outro lado, já não bastam para mostrar a irresignação dos que sofrem com promessas não cumpridas e com uma indevida atribuição de culpa pelos resultados arrasadores. Abraços.
Uma vez mais e sempre
pelo sonho é que vamos
Abraço
Mais uma vez muito certeiro. A primeira frase é um tratado!
Beijinho
Fado? Parece mais um hino!
As palavras não existem em terra de surdos.
Ouvindo estas, claras, despertas e concisas, como sempre.
Obrigada!
Velhos e novos precisam de escutar o jovem menestrel.
Abraço
"Cá nesta Babilônia, donde mana
Matéria a quanto mal o mundo cria..."!
A história é um ciclo, repete-se.
Parece que a imaginação é pura ilusão.
beijo
Será até quando o povão vai esperar que o 'deus dos oráculos'se enfureça com a turba gananciosa?
E quando vamos decifrar a sutil diferença entre dar as mãos e acorrentar a alma que o'jovem menestrel apregoa?
e quem não gosta dessa Babel?
rs
meu abraço e carinho heretico
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