Abre-se a palavra
Ao corpo de escrita
Antes dela.
Depois
Vazio (ou quase nada)...
Cinza quente ainda?
Por vezes mosto
Talvez fermento
Ardendo
Sem outra glória
Que não seja
Fermentar...
Apenas cisco?
Cadinho talvez
Pedra rolada ou
Alquimia frustre
Que se queima
No porquê de nada...
E neste ledo engano
Lúcido embora
Acidente
Da palavra dita
(e também escrita)
Alimento
Minha fome.
Manuel Veiga
9 comentários:
Palavras aparentemente vazias, ao serem colocadas no calor do cadinho, transmutam-se num inesperado e belo poema.
Beijos, heretico!!!
Acidentes de palavras que se casam na eternidade.
beijinhos
Ó heretico, bolas!! E que lindas as tuas palavras!! Que belo alimento!
(Vou copiar para o meu caderninho de poemas...)
Beijos poéticos.
O antes e o depois de que vamos vivendo.
Belo poema.
Abraço Irmão
As palavras também se comem
Abraço
Abre-se a palavra
Lá dentro tudo
Que o poeta faz crer ser quase nada
Só pode ser ocasional
:)
Suas palavras
alimento
que também a nós nos sacia.
Lindo!
Bj
um nada que é muito (ou tudo)
ou quase nada que sacia
a sede
a fome
e a vontade
de saber...
gostei muito!
:)
E...que belo alimento!
Muito bom.
Beijinho
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