De novo a montanha
como gesto abrupto
Do silêncio íntimo. Percorro veredas d´água
Subterrânea e o magma. E nesse fogo
Se condensam estalactites. Afectos agora
Evanescentes. Essências matriciais ainda...
Fecha-se o círculo. Em redor as brumas
E os rostos. E os cheiros. E esta pedra
Em que trôpego desfaleço. A febre quente.
E o suor frio. E o grito d´alma que voa
Qual corrente.Veleiro sem regresso, nem destino...
A vida? Esquivas corsas que de tão lestas
Se pressentem e apenas no rasto se iluminam...
Fortuitas são as horas. Não o caçador negro
Nem o coração da pedra. Apenas a água
(E sal da lágrima) são lírios e são heras...
Guardo sôfrego este silêncio e me retiro.
O fogo é agora esta paixão: o eco de calcário
Do silêncio íntimo. Percorro veredas d´água
Subterrânea e o magma. E nesse fogo
Se condensam estalactites. Afectos agora
Evanescentes. Essências matriciais ainda...
Fecha-se o círculo. Em redor as brumas
E os rostos. E os cheiros. E esta pedra
Em que trôpego desfaleço. A febre quente.
E o suor frio. E o grito d´alma que voa
Qual corrente.Veleiro sem regresso, nem destino...
A vida? Esquivas corsas que de tão lestas
Se pressentem e apenas no rasto se iluminam...
Fortuitas são as horas. Não o caçador negro
Nem o coração da pedra. Apenas a água
(E sal da lágrima) são lírios e são heras...
Guardo sôfrego este silêncio e me retiro.
O fogo é agora esta paixão: o eco de calcário
E meus dedos brasa.
Poeira e caliça.
E muros derrubados.
E esta centelha viva que na queda
Se derrama.
Fim de tarde que ao sol se incendeia...
Manuel Veiga
E muros derrubados.
E esta centelha viva que na queda
Se derrama.
Fim de tarde que ao sol se incendeia...
Manuel Veiga
POEMAS CATIVOS
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Peço desculpa pela ausência dos blogs da minha estimação.
Que será breve... Beijos e abraços
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Peço desculpa pela ausência dos blogs da minha estimação.
Que será breve... Beijos e abraços
7 comentários:
"Guardo sôfrego este silêncio e me retiro.
O fogo é agora esta paixão: o eco de calcário" Muito belo!
Este poema leva-me até Torga: "só quem sobe à montanha toca o céu. Na terra chã ninguém se transfigura".
Um beijo, meu amigo.
Mais agreste e denso do que é habitual, mas muito belo. Como sempre. Aquela «centelha viva» não vai permitir nunca que se «feche o círculo».
Estará doente o nosso herético ou apenas de férias?
Beijo
Leio-te cheia de silêncios, com as palavras presas nos olhos que devoram o poema...
Um beijo
Este é um poema maior...palavras que se despenham.
Beijo
E de novo a montanha e de novo sísifo. A poesia que rola e de novo sobe.
Abraço Irmão
Poeta,
Posso perscrutar o silêncio e a beleza das penhas que serpenteiam as encostas da tua montanha...
Rara paisagem eu vejo...com o olhar da alma.
Beijo,
Genny
Belissimo. De emudecer palavras, de marejar os olhos.
Fraterno abraço
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