Furtivo bailado
Na canícula
Como se fora
Aquele ostensivo seio
Retesado
Porém suspenso
Como figo
Na boca que há-de
Colhê-lo...
Ou ardência Verão
Na pele
A acicatar
O lume...
E o cume...
E o corpo distendido fosse
Apenas a passagem
Ou vórtice
A desenhar
O vértice
De fogo
Assim
Explícito...
(Língua e palato
Ainda...)
Ou a breve brisa
A soletrar
A inocência
E a graça do nome
No azul pagão
Da tarde...
Ou quimera de areia...
Ou uma miragem calcinada...
Ou fantasia
De poeta surfando a onda
Em que incauto
Se despenha...
“FEVER”!...
Manuel Veiga
3 comentários:
Bailei nas palavras! Ritmo encantador.
Um bj querido amigo
o sensualismo escondido no escorrer da pena...
:)
"Fever - in the the morning, fever all through the night."
Abraço amigo
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