Na mutação das horas pressente-se o alvoroço das aves
Nos mastros mais
altos em prenúncio de cântico...
Caótica uma cor
indecisa alastra desordenada
Sem forma que a
prenda
Magma quente
E fio de água
Que se insinua
Na pedra
Tímida...
E o sobressalto
Como arco tenso
Ainda preso...
Ou fera
No agitar da
presa
Apenas
pressentida...
Sou guardião
dessa memória - que não da gesta!...
Desses trilhos
que se avolumam
Como sinais de
fogo
Nas montanhas
Soprados
Pelo acaso...
E pelo
inesperado dos ventos...
E que o coração
dos homens
Guarda como
sacrário
E estremece
Na persistência
alada
Do sonho...
E se transforma
em vida
No corpo enxague
Dos
proscritos...
Manuel Veiga
6 comentários:
Nos mastros mais altos
cantam as marés
Abraço fraterno poeta
Ser guardião da memória...importa sempre!
bjs
Banidos! Tanto que somos "pelo inesperado dos ventos..."
Bj.
Lídia
Gloriosa é a memória que "estremece na persistência alada do sonho e se transforma em vida".
Belo e profundo, como tudo aquilo que sai da tua alma!
Sorrisos e estrelas nas horas da tua semana,
Helena
o sonho, essa essência sem desenho físico que alimenta o ânimo...
muito gosto em ler e perceber...
pelo inesperado do vento escrevem-se poemas profundos e belos....
e subo ao mastro mais alto e preparo o voo.
bom fim de semana.
:)
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