Transporta-nos
ao Futuro. A Festa.
Como se o tempo
fosse veleiro de todas as quimeras
E os punhos de
agora explodissem em flores
Na boca das
crianças...
E o ventre da terra
fosse uma papoila ruiva
No corpo das
searas. E os braços dos homens
Fossem torrentes
de afectos no ombro cansado
De todos os proscritos...
E o trabalho o
generoso gesto da partilha dos frutos.
Apenas.
Transporta-nos
ao Futuro. A Festa.
Na claridade
integral dos dias pressentidos
Que os homens
desenham no ardor de suas lutas.
E na reinvenção
do amor em cada esquina.
E no farnel da Igualdade.
E na febre de
Liberdade.
Que os hinos
sejam. Então. E os rituais se cumpram
Como umbrais de
Esperança. E luz de alvorada.
E lanterna. E
guia nos passos de dor
Que trilhamos.
E a porta aberta.
Seja.
E o rosto dos
homens livres e diversos
Seja em seus
traços alegoria sinfónica
Do Mundo...
Manuel Veiga
7 comentários:
(Já escrevi isto noutro lugar...)
Que a festa seja rija!
Beijo
Lá estarei meu irmão e levarei teu poema erguido em minha mão.
(também ele nos transporta ao futuro)
De Atalaia
em festa
Não há festa como esta. Nem poema, nem hino, nem futuro como estes.
Abraço meu irmão
Querido amigo de além mar, um dia estaremos diante dos portais da esperança, iluminados pela alvorada de um novo mundo e então, o futuro será venturoso. Certamente que sim.
Beijos!!!
Ah, essa Festa! No dia que ela chegar que haja explosão de Luz no mundo e explosão de amor no "rosto dos homens livres e diversos".
Sorrisos e estrelas,
Helena
Tão mas tão GRANDE que ninguém a pode ignorar - uma vingança de tanto silêncio derramado com sangue!
Abç
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