A memória é
imenso lago que nos devolve o rosto
Transfigurado
como a pedra a desfazer-se
Depois das casas
morrerem...
Itinerário de
cinza
A despenhar-se
Por dentro...
Garganta
apinhada e celeiro talvez
A explodir em
pio de ave
Ou fissura por
onde
O fogo arde
Ainda...
Manuel Veiga
16 comentários:
Todos os dias construímos memórias
Sempre o nosso abraço
Poemas sempre de força e de pedra - como os naturais do nosso nordeste!...
Beijinho
A memória ondula e agita-se como um grito que se solta e nunca sufoca.
Um abraço fraterno
O fogo que dá esperança
Que renasce da memória dela
Abraço
Há três sintomas que um tipo está a ficar velho:
o primeiro é a falta de memória e os outros dois já me esqueci!
Tu não, pelos vistos és um puto!
Um abraço ancião e leitão pata negra
Divinamente escrito, meu querido amigo!
A memória é mais que um lago, é um oceano, um alçapão onde tudo se fabrica, se armazena, se cogita, se deseja, se põe em prática, e de onde nada desaparece, se esvai. É caso para dizer: "É FOGO"!
Abraço--------------------------------------------------
Um lago
que nos devolve o rosto
transfigurado,
o resto...
Abraço, Amigo!
O título é lindo:"A memória é um imenso lago..."
Nessa profundidade, a viagem por dentro retorna o
sentir do que foi vivido para o "aqui e agora"
na janela do (tempo) presente...
Sempre bela a tua poética!!
Beijo.
Tem poemas que deixa a gente a ver imagens.
Esse faz a memória se descortinar,
_ e o lago vira um rio, em turbilhóes.
'Ainda'
fica o abraço
Ao ativarmos a memória atiçamos cinzas adormecidas...
Sorrisos e estrelas!
Sempre se arde, nas memórias vivas.
Boa noite, Manuel. :)
A pesar. Apesar e ainda uma maravilha de agradecer.
Os pavões também se comem e há por aí tanto... Grato pela dica.
Abraço.
~~~
~ «onde o fogo arde ainda.»
Para deleite de nós, leitores.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~ ~ ~ ~ Beijo, Manuel. ~ ~ ~ ~
.
Cinza que ainda queima...
Belo e forte poema|
Beijo fraterno
Começas logo no título, "A memória é um imenso lago..." a despertar para a beleza das emoções.
O fogo, sempre arde se a chama ainda se despenha...
Gosto da tua poesia dos afectos.
Beijo, Herético
A memória é um imenso lago, na verdade, como dizes tão bem. Mas seguindo a analogia, já nos Coelhos, bem como nas Lagardes, republicanas ou à lagardère, houve um pântano sórdido e insalubre que ocupou o espaço daqueles seus lagos. E não, não foi doença, foi uma massa em putrefacção que lhes surgiu num tumor chamado mercado. Horrível, pá... é só pus!
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