Destino a
que se acorrentam -
Que nada no
horizonte frio além
Da sombra.
Vácuo de que se
reclamam
Os
autoproclamados céus
Apenas o latir
surdo
Da noite eterna.
E, no entanto,
em sua dolência,
Solfejam o
venerável canto mudo
E o grito do
fogo
As
imperturbáveis
Esferas...
Magnéticas são
as linhas
Que se anunciam
E as
trajectórias
(A)simétricas.Manuel Veiga
5 comentários:
Olá, Manuel, o poder magnético... Lindo poema!
Vácuo de que se reclamam
Os autoproclamados céus
Apenas o latir surdo
Da noite eterna.
Adorei o vídeo, a suavidade.
bjs, amigo. Um feliz fim de semana.
~~~
É preciso, realmente, coragem e talento para escrever
este poema cativante, sobre um tema tão hostil e inóspito.
FIcou original e especial...
Como herético, cuida-te - não vás perder esse céu, que
é o paraíso prometido.
Continuação de boas férias.
Bj ~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Faz hoje anos que morreu Serge Reggiani, um dos grandes cantores franceses .
Belo o teu poema.
Um beijinho
Mais um poema belíssimo, de quem nasceu poeta e por
isso, sabe muito bem o magnetismo das palavras,
a importância de como dizer sem desnudar os significados
e sempre com arte e expressão.
A trajetória de um poema assim é alcançar
as 5 estrelas!...rss
Há séculos que não ouvia este rapaz, o Reggiani. Retiraram-no a ele e a muitos outros do nosso céu. As eternas esferas no destino da gente?
Um poema ao alcance da mão do infinito, mais que humano.
Abraço.
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