Um dia, Lydia,
seremos apenas eco
Na margem do rio
e a brisa amenaA música de nossa ausência...
E tu virás solícita de rosas enfeitada
Que desfolharás, pétala a pétala, em teu regaço
E beberemos a fresca água por meus dedos.
E dolentes serão as horas.
E o arfar do peito assim deslassados
E teu perfume evanescente.
Como o murmúrio da tarde
Num suspiro breve tombando-se
A poente.
Manuel Veiga
Nota: Como se sabe, Lydia é uma criação literária de Ricardo Reis
8 comentários:
Belíssimo o poema, um canto do sublime do amor,
que mesmo em ausência, presentifica-se em
perfume do sentir poético a desenhar as horas
num chamamento!...
Certamente se pudesse o Ricardo Reis apreciaria
a Lydia (da tua criação literária) como
um belo poema inspirado.
O vídeo com a música é um encantamento poético (adorei!).
Apreciei muito o teu poema acompanhado da música,
uma sintonia muito bela!!
Bjs.
Um dia,todos nós temos morte destinada,portanto,temos que aproveitar a nossa vida ao máximo!! Tudo de bom,excelente semana para ti,fica bem amigo!!
MV
esta Lydia com seu perfume inebriante consegui prender a inspiração do Poeta
não será a de Ricardo Reis, mas, concerteza que será uma Musa inspiradora.
muito belo
beijo
:)
Num suspiro breve, diz o poeta. Prenúncio de que a bela e olorosa Lídia há de voltar. Pois é idéia de pontos traços e sombras real que lhe agita o sonho.
Bonito de se ler, MV.
Agostinho, meu caro
saíste-me um bom "ponto", tu! rs
abraço
Deliciosamente belo!!!
(Acho que o RR ficaria com inveja da tua Lydia)
BJO :) :)
Fiquei na dúvida se este poema é uma prece... ou se uma promessa!
Deixaste-me a pensar numa outra coisa: para que lado "tombam" os amantes? Será para poente... como a tarde?
Beijinhos de Norte para Sul
(^^)
Maravilhoso regresso a Ricardo Reis!
Parabéns!
bj
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