Acordou, na margem, aos olhos do poeta,
Uma centelha (ou uma lágrima) fulgurante
Que a si própria se ergueu e se ungiu
Como Prodígio. E Mensageira.
E então todo o Caos se (des)ordenou.
E todas as cores e todos os sons.
E todas as formas. E todas as fórmulas.
E todos os ritos se abriram.
E todos barros...
E todas as sarças foram chama a arder na boca
De todas as palavras
Manuel Veiga
14 comentários:
A chama que este belo poema chama.
Abraço fraterno
A simplicidade luminosa a desfolhar na essência das
palavras, todo o significado de completude dos sentidos.
Como um batismo num momento único:
"E todas as cores e todos os sons.
E todas as formas. E todas as fórmulas.
E todos os ritos se abriram."
E todas as palavras numa única: O amor!...
Este poema é um daqueles que se impõe na voz do poeta,
a ser o seu canto da chama da vida!...
Só posso expressar a palavra grata pela leitura
que se inscreve na minha alma em registro
da grandiosidade do teu poema (mais um...rss),
meu querido amigo.
Parabéns, Manuel!!
beijo.
A invenção (do barro) coincidiu com a chama da palavra a conceber outro barro.
Bravo, poeta! Parece simples o acaso de existir...
Forte abraço,
Muito engraçado este teu poema,gostei imenso!!
O título do poema é brilhante, Manuel! Este adjetivo é quase uma provocação do poeta, pois que esta "história" não é de todo simples e será sempre o eterno desafio do Homem.
Um poema de uma enorme profundidade, imbuído de um certo esoterismo. Poemas destes, davam uma profícua tertúlia.
Parabéns, amigo!
BJO :)
(belo, isto!)
OI MANUEL!
O MOMENTO DO SURGIMENTO DE TUDO, INCLUSIVE DE TODAS AS PALAVRAS.
LINDO ISSO.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Um poema nada simples (antes pelo contrário, achei-o bem complexo) eventualmente inspirado numa história feita de metáforas... Aparentemente, o tema é bíblico, mas pode ter outras interpretações... nomeadamente o processo criativo do poeta quando começa a escrever um poema.
Enfim, a poesia também é a dúvida, a incerteza do que as palavras significam. Em qualquer caso, é um excelente poema.
Caro Veiga, tem uma boa semana.
Abraço.
Caro Manoel, interpretei o o seu poema,
“Uma história simples...”, como a história
da poesia, desde o seu nascimento, e o que
dela fizeram os poetas. Claro que posso
ter me enganado, mas foi o que me ocorreu.
Um abraço.
Pedro.
Boa tarde Manuel,
Profundo e belo.
Muito a reflectir sobre esta "história" desenrolada num paralelismo bíblico.
Gostei imenso!
Um beijinho e bom fim de semana.
Ailime
Muito bonito, com interpretações diversas e com um ritmo que cativa na primeira leitura. Gosto muito da repetição de palavras, dá força e ritmo.
E então todo o Caos se (des)ordenou.
E todas as cores e todos os sons.
E todas as formas. E todas as fórmulas.
E todos os ritos se abriram.
E todos barros...
Adorei, meu amigo.
beijos.
Como sempre
a tua poesia
na complexidade do simples
com amplas leituras
Abraço amigo
O Criador é um poeta.
:)
Foi assim que se inventou a vida.
O barro que a luz animou.
O barro que moldou a palavra
que o poeta criou.
E eu sou barro e o poeta é barro
e tudo é barro.
Tudo é palavra na vida
e é poesia.
Abraço.
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