Ergo
do chão meu silêncio e nele alicerço
Minha
casa-abrigo. E bordo, letra a letra,
As
palavras-outras nas margens clandestinas
De
que sou devoto.
Cabana
apenas a que o olhar se rende
Premeditados
esquissos. Assaz perdidos
Que
nada mais importa nesta floresta de enganos
Que
não seja a rota dos desejos.
E
então me perco. Ou então me faço
Soleira
e cristal. E percorro enseadas
E aí
me demoro. E abro meu corpo
Ao
mistério das águas
E ao
âmago dos ventos.
Manuel
Veiga
3 comentários:
Ergo do Chão Meu Silêncio, esse título é muito bonito.
Um dos poemas mais lindos que vi aqui, talvez por ser triste. Penso que a tristeza é bem manipulada pelos poetas, é o grito verdadeiro da alma.
Parabéns.
Beijo, amigo!
é sempre um mistério o que as águas guardam... só o poeta o sabe.
A liberdade de ser poeta!
Muito bom
bjs
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