Evoco a
inamovível pedra
Onde me sento e
deponho meus silêncios
Pórtico e palco
de esperas longas
E festivas
chegadas.
E apaziguo meus
demónios
E limpo as
escórias
E sacudo poeiras
e as cinzas
E o estertor dos
mitos.
E me celebro,
pedra
Agora ara e vara
do tempo.
E mergulho,
matriciais águas
E desfile de
rostos. Um a um nomeio. E digo
Em murmúrio de
lábios.
E em meus passos
me ergo. E lavro
As linhas de meu
rosto. E fecundo o horizonte
De meus dias
peregrinos.
Manuel Veiga
2 comentários:
passagem...na existêncial peregrinação.belo.
Mais um excelente poema teu, inscrito de sentires
tão sofisticamente "plasmados" no teu pórtico
e palco poético.
Admirável a tua poética (sempre),
amigo poeta Manuel Veiga!!
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