quinta-feira, março 09, 2017

Na Raiz do Mundo ...


Duas gotas de orvalho
Do veludo das pétalas
Suspensas

Discreta agitação da brisa
E a vibração da rosa
E as gotas de água
São agora apenas pele
E fundem-se.

Estremece o Universo
E as leis da física
E o poema é flor e água
A derramar-se
Na raiz
Do Mundo.

Manuel Veiga

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comentários anónimos, por mais "edificantes" 
que sejam as mensagens . 


11 comentários:

Aleatoriamente disse...

Que lindo esse emarando Quântico
Poesia linda.
Beijinho

maceta disse...

a subtileza dos sentimentos...

abraço

Teresa Almeida disse...

Natural, autêntica e bela toda esta vibração Poética!
Que engenho, amigo!
Beijinho.

Odete Ferreira disse...

Sem água não havia vida.
Sem poesia não tinha cor a vida.
Sem a seiva dos poetas não havia poemas a serem flores.
E, sobretudo, são olhares como o teu que fazem a raiz do mundo.
Bjo, Manuel :)

Jaime Portela disse...

A água é a fonte da vida.
E o Universo seria diferente sem ela e sem poesia.
Excelente poema, como sempre.
Bom fim de semana, caro Veiga.
Um abraço.

LuísM Castanheira disse...

e ainda dizem que a vida é um mistério...
Tão simples o ciclo, onde o poeta, num poema perfeito, nos deixa o olhar repousar, qual físico detentor dos segredos mais abertos do Universo.
Gostei muito, Manuel
Um grande abraço e um óptimo fim-de-semana, caro Amigo.

Marta Vinhais disse...

E a embelezar o Mundo com silêncios e olhares...
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

"Discreta agitação da branda brisa"
Que sopra com amor seu universo
Por retidão ou por caminho inverso
À vocação do verso que eterniza

A poesia qual divinal baliza
A demarcar a grandeza do verso
Que o Veiga faz por caminho diverso
Da voz do vento vago que desliza

Neste universo a levar poesia
Como alimento à alma que se alia
Ao corpo são em mente sã também

Os versos seus são d'alma a alegria
Que ao corpo faz dançar com a melodia
De encanto à vida para seguir além.

Grande abraço. Laerte.

luisa disse...

Que o poema floresça sempre.

Suzete Brainer disse...

Este teu poema é um daqueles poemas obra de arte,
que surge para ficar inscrito no universo "a derramar-se
na raiz do mundo"...
Uma comunhão que a natureza ensina na sublime beleza;
o essencial da vida e o Poeta "quase" como porta voz
desta inscrição deixa esta beleza em poesia.

Adorei o poema, Manuel!
Beijo.

Graça Alves disse...

Lindo como sempre!
Bj

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