Declinar amor em fim de
tarde. Apenas
Meteorito. Voo rasgado
na cidade
Sobre o presságio da
noite
Que agora o Tempo
Se recolhe. Puro acaso
Soltando o fio
Dos dedos.
Frémito a boca
E o corpo margem…
E estas veredas
Água calma escorrendo
E o Sol dobrado.
O centro
E o vórtice…
Glorioso é o cântico.
E o palco.
Manuel Veiga
8 comentários:
Poema excelente e belíssimo, Manuel.
O poema (palco), no qual as palavras em voo
luminoso de sentires, alcança em harmonia
expressiva o cântico glorioso do Ato-Amor.
Maravilhosa a escolha do vídeo-música, um
encantamento, em harmonia com a simbologia
do poema:"Glorioso é o cântico"...
Gostei muito, meu amigo!
Bj.
É sempre um prazer deambular pela tua escrita, Manuel. E este voo meteorítico, à boca da noite, agrada-me imenso. De notar como a melodia e a palavra se interligam de forma realmente harmoniosa.
"Glorioso é o cântico.
E o palco."
Beijinho.
O tempo... esse meteorito tão relativo... de cujo rasto mal nos apercebemos, nos momentos felizes... e que parece que se arrasta nas nossas piores horas...
Em todo o caso... merece o tempo ser celebrado... o nosso próprio tempo... mais ainda... enquanto é tempo...
Belíssimo post, celebrando tal, Manuel!...
Beijinho
Ana
MV
e o palco que é a vida ou o poema
e o tempo
e o cântico
tudo em sintonia para um belo poema
com a tua marca
mesmo que não estivesse assinado
se eu o lesse noutro palco que não aqui
saberia que era teu
gostei!
beijinhos
:)
Olá.
Belo poema.
Amores que marcam e definem nosso sentir. O tempo é o artífice que definirá a forma deste amor. Desejamos nesta forma, a completude.
Abraços.
Brilhantes são teus percursos nas palavras e nos versos o cântico.
Entre margens o rio
onde se funda o amor
"dobrado o Sol"
ouve-se o cântico.
Abraço
Glorioso é o teu percurso pela emoção que se apossa do poeta em finais de tarde (que me encantam também), tomando o pulso à vida que vê acontecer...
Se se avista um rio, então o estado é perfeito!
A minha vénia!
Bjo, Manuel :)
Resta-me dizer: «Muito bonito»!! «Muito bonito»!!
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