Solfejo de emoções
A alagar a alma. Chuvas
estivais
Que se despenham
Sinfónicas
E dispersam
Mudas.
E se desenham
No ar. Abstracta pauta
E uma nota solta que
brinca
Na pele dos dias.
E subtil
Se anuncia frágil
E se repete (dis)sonante
A subverter
O ritmo da chuva.
E a rima.
Raiz do Cântico
E matriz de Vida!
Manuel Veiga
11 comentários:
Um poema belíssimo, numa expressividade (de obra de arte poética)
sublime a decodificar a chuva, numa sinfonia de pingos
melódicos a se desenhar "na pele dos dias".
A chuva em outro ritmo, o ritmo da emoção,
a matriz de vida...
Uma composição maravilhosa, o poema e a música escolhida,
na explosão melódica (como a chuva...) e na implosão
emocional.
Apreciei imensamente, meu amigo.
beijo.
Um poema muito belo!
Bjs
Ailime
Apesar de tudo chove
Ritmo e rima encharcaram
o talento na raiz e
dos átonos pingos
arrumados no verso
refulge vibrante
o cântico sentido
que comove
Pelo ritmo rima
o som
Abraço.
e que chova lá fora
porque a alma do Poeta está
envolta em emoções à flor da pele
em sons de chuva
que até rima
sem rimar
muito belo!
beijinhos
:)
É o poema, claro, a raíz do cântico.
Porque uma chuva assim, não molha porque é música.
Belíssimo!
beijinho
Há palavras que já nascem com uma responsabilidade acrescida: mensageiras privilegiadas de sentires intensos para momentos excecionais.
Chuva é uma delas. Num precioso momento do poeta, este poema é chuva de emoções e chuva de vida.
Cântico, pois! E muito belo!
Bjinho, Manuel :)
E de raiz o cântico. E as emoções dispersam-se em notas soltas, íntimas e insubmissas.
É um poema dialogante, aberto e inspirador. É uma fuga que prende. Um eco de um livro que quero ler.
A melodia faz-se ao poema, divinamente.
Beijinho, Manuel.
E como são boas, as emoções, ainda mais ditas assim.
Beijinhos, Manuel :)
Mais um excelente poema.
Como é teu timbre, de resto.
Bom fim de semana, caro Veiga.
Um abraço.
Lindo!
Que sorte tem a Virgínia do Carmo em ter poetas assim!
bj
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