Colhe o poeta a pétala.
E o rubor.
Alegria breve
A desprender-se. E
desamparada flor
Que estremece. E se
ergue
No frémito.
E se oferece. Nudez alva
a derramar-se
Na manhã fria.
Lábios febris gretados a
desenhar
O sobressalto. Sobre a
pele.
E a sede que arde.
Rosa e nome. Indelével
perfume
A inflamar o declive fremente. Seiva que teima
No interior do caule.
Que o poema requer. Flor
silvestre
A percorrer o assombro
Dos dias. Por abrir.
Manuel Veiga
14 comentários:
Boa tarde.Belíssimo.:) Hoje:-{ Desnudos sonhos...} Bjos Feliz Domingo. em O Rubor e a Pétala
Larissa Santos
Lábios febris gretados a desenhar
O sobressalto. Sobre a pele.
E a sede que arde."
Por isso inventas a seiva e o rio e a fonte, com palavras que são pétalas...
Magnífico poema, meu Amigo!
Uma boa semana.
Um beijo.
Graça Pires
Nunca sabemos como vai ser o novo dia, nunca sabemos sequer se o teremos. De certeza que ele se abrirá feito rosa que desabrocha no seu esplendor, pois assim manda a mãe natureza; acaba a noite e começa o dia, agora com " manhãs frias", com dores, preocupações ou muitas alegrias; assim são as rosas também... belas numa manhã e noutras já sem pétalas, mantendo-se no entanto firmes, erguidas com coragem; não podem desabar perante as intempéries, as rosas, as flores silvestres e muito menos nós. Assim requer a vida...assim também requer o poema que a cada dia cada um de nós faz, com maior ou menor habilidade. Há que tentar, amigo, pelo menos um simples verso!
Magnifico, poeta! Obrigada! Uma boa semana, apesar das manhãs frias. Beijinho
Emilia
Que poeta colheria a pétala? O rubor talvez, mas a pétala, uma pétala apenas não seria capaz... e deixar a flor desamparada... não seria capaz...
Beijinho, poeta!
Mais um sobressalto poético. Um indelével perfume silvestre.
Parabéns, poeta.
Beijo.
Um mundo de significações, no qual nos perdemos.
A pétala. Breve. Mas o rubor dará azo a muito
mais, na esperança de muitos dias por abrir.
Um belo poema, meu amigo.
Abraço.
Olinda
Um poema perfumado, leve, quase etéreo...
Muito bom.
O vídeo é excelente.
Votos de uma boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Oiii!! Vim para conhecer o seu blog e gostei demais! Gostei muito do poema, transmite desejo e suavidade.
Tenha uma excelente semana.
OI MANUEL!
BELÍSSIMO TEU POEMA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Uma bela flor e um belo poema. Gostei muito da simplicidade e candura.
O Poeta é um malandro. Ainda bem.
ab
Arrebatamento, e talento... nesta belíssima inspiração... com a essência de uma rosa... onde se desenha o poema... qual flor silvestre...
Belíssimo e profundo, como sempre, Manuel!
Beijinho
Ana
E sempre as flores, a rosa, a pétala se prestam a poemas ricos e inspirados na história dos poetas. Mais um luxo...
A percorrer o assombro
Dos dias. Por vir.
Bello, Manuel, Bello!
beijo.
Que seria da flor, "Rosa e nome", sem seiva? Decerto murcharia sem os desvelos do Poeta.
Delicado poema sem dedicatória?
Abraço.
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