domingo, julho 15, 2018

CALIGRAFIA(S) MÍNIMA(S)


Abre-se o céu. Agora o azul é apenas
O sopro da cor. E o movimento lasso.
E o turbilhão aceso.

Os dedos são extensão do limite.
E os olhos a tela que se desprende
E dança – (in)decorosa! –
Amálgama de tons
E de água…

Asas de poeta
E bebedeira dos sentidos
E o esboço lascado dos corpos
Em cântico demiúrgico.

Ritmo e o fulgor da cor
Assim colhido(s)…

Caligrafias mínimas!


Manuel Veiga

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