terça-feira, dezembro 11, 2018

"PAS DE DEUX" ...


Fusão de corpos. Simetria alada
Em movimento.

Transgressão furtiva.
E serenidade flutuante
De gestos.

Apenas o olhar
Se molda.

Espaço eco de leveza
E murmúrio. E frémito.

Deslumbre. E comedida espera.
E chama. Engalanada.

“Pas de Deux” a derreter-se. Livre
E o céu a derramar-se.
Imaculado.


Manuel Veiga

11 comentários:

Boop disse...

E assim consegues dizer o indizivel.
Traduzir esta dança como só os poetas conseguem.
Bem hajas!

Pedro Luso de Carvalho disse...

Boa Noite, amigo Manuel, gostei muito deste teu poema do qual, peço permissão para destacar este belo verso:

"Deslumbre. E comedida espera.
E chama. Engalanada."

Uma ótima semana, amigo.
Grande abraço!

Teresa Almeida disse...

Dá para perceber a música em seu esplendor. É de orquestra. E como acertas bem o passo!

Beijos, amigo Manuel.

Larissa Santos disse...

Excelente:))

Hoje : Insano discernimento ...
Bjos
Votos de uma óptima Quarta-Feira.

São disse...

Se todos os pas-de-deux fossem assim belos como o teu ... que maravilha !

Amigo, festividades alegres e óptimo 2019.

Carinhoso abraço

Ailime disse...

Boa tarde Manuel,
Um poema lindíssimo e muito elegante na forma como foi escrito.
Beijinhos,
Ailime

Rosa dos Ventos disse...

Harmonia de corpos e palavras!

Abraço

Suzete Brainer disse...

Belíssimo poema, um encantamento para os olhos,
o poema corpo e palco, em que as palavras numa
dança melódica, livremente como gestos colhidos
de infinitos significados, imprimindo o
sublime da arte poética:
"“Pas de Deux” a derreter-se. Livre
E o céu a derramar-se.
Imaculado."

Bravo, meu amigo Manuel Veiga!

Bjo.

Tais Luso de Carvalho disse...

Maravilhoso poema “Pas de Deux”, emoção sentimento, vida!
E o Ballet fantástico, meu amigo!

"Transgressão furtiva.
E serenidade flutuante
De gestos."

Beijo, Manuel, aplausos pela ideia, pela construção, pela beleza!

José Carlos Sant Anna disse...

Pouco a pouco caem os mantos. E estão nuas as duas linguagens no momento em nos fundimos, nos absorvemos e com elas nos identificamos numa só voz. A voz do poeta que tão bem transfigura a realidade...
Forte abraço, caro Manuel!

José Carlos Sant Anna disse...

Leia-se em que nos fundimos...

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