Um quase-nada, uma pálpebra
descida
Uma luz inesperada. E o
poeta
Se incendeia. E vibra...
E a imaculada pele
Agora é devassa do olhar
Que assim prolonga o
frémito
Da pálpebra recolhida…
Empolgante a entrega
nessa dádiva
E a flor do dia. E a
luminosa
Lágrima…
Manuel Veiga
15 comentários:
Boa noite Manuel,
"Uma pálpebra descida"... "E a lágrima luminosa..."
Muito belo o poema.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
Um quase nada a provocar a vibração do poeta.
Quanta arte, meu amigo Manuel veiga!
Beijos.
Fascinante analogia poética.
.
Feliz fim de semana.
“Um quase nada” que faz a diferença nos dias.
Eu acho mágico quando esse “quase nada” me muda a cor das horas, e destaca despudoradamente as luzes e as sombras.
Esses “quase nada”... são tesouros, a guardar carinhosamente.
Fiquei tentando encontrar palavras para comentar sobre esse teu poema, mas às vezes é tão complicado comentar um poema, penso que, em geral, é menos complicado criar um, afinal, são palavras nossas com a nossa subjetividade, mas posso dizer que observei e absorvi. Abraços, Manuel, e fico contente que tenhas gostado do meu blogue.
E o poeta tem o olhar indeciso dos que amam a luz das palavras até que haja um rio nos seus olhos….
Tão belo, meu Amigo!
Uma boa semana.
Um beijo.
Caro Manuel,
A "pálpebra descida" é o ensaio que antecede o poema,
e assim o poeta vai forjando o seu caminho e, de mansinho, para o papel!
Um abraço, caro amigo!
P.S.: Um imenso torvelinho me deixa sem tempo! Vai passar!
Quisera eu ter a capacidade para de " um quase nada" fazer um poema,..uma pálpebra descida, uma lágrima teimando em cair, são simples e pequeninas sensações que inspiram os poetas que, a partir delas conseguem fazer um punhado de versos, sabiamente alinhados num belo poema. As palpebras descem, as palpebras se recolhem...movimentos quase imperceptiveis do nosso olhar que parecem não significar nada, mas, nāo...nem sempre sāo " um quase nada "...são muitas vezes um " quase tudo o que nos vai na alma, uma alma que sofre e que pede às palpebras que nāo retenham as lágrimas, que as deixem descer levando junto parte da dor. E neste " quase nada", Manuel , está a prova de que sabes usar as palavras, alinhando-as em prosa ou em verso, sempre com muita sabedoria. São assim os poetas!!! Quase tudo ou quase nada...tanto faz! Poesia sai sempre! Beijinhos, amigo!
Emilia
Eu entendo, meu amigo Manuel, esse quase nada é um quase tudo, depende das frações dos minutos, ora uma coisa, ora outra, e...
Um quase-nada, uma pálpebra descida
Uma luz inesperada. E o poeta
Se incendeia. E vibra...
Tão bonito!
Parabéns pela bela sutileza.
Beijo, uma ótima semana!
Mas já viste quanto encanto, quanta luz, quantos sentimentos num pormenor , um "quase nada" que é tudo neste fantástico poema? Ah, se pudesse saber tudo o que ocultam as palavras! Vibrante poema como o eu do poeta!
Beijinho
e
obrigada pelas tuas palavras, Manuel
Belíssimo, o poema.
Adorei ler
Obrigada Manuel
Convido-o a ler o novo Capítulo de Um Oceano entre nós - IV. Espero que goste.
Beijinho
"Uma luz inesperada. E o poeta se incendeia. E vibra..."
Dessa forma nasce a poesia.
Abraços literários.
Um frémito...Resultado de um leve adejar que desencadeia por si só toda essa luz e emoção.
Gostei muito do seu poema, caro Manuel.
Abraço.
Olinda
Qualquer insignificância pode ser o rastilho para o poeta. Mas nem todos têm a "devassa do olhar" para fazer poesia tão boa.
Gostei do poema, pois claro. É magnífico.
Car Veiga, continuação de boa semana.
Abraço.
Este é um daqueles poemas, obra de arte, que a emoção
percorre pela "alma" das palavras e espelha à alma do poeta.
"Um quase-nada" e "a flor do dia" e "o poeta se incendeia",
assim, o poema luminosamente nasce cristalizado na
"luminosa lágrima"!
Deslumbrante beleza imagética que percorrida pelos nossos
olhos de leitores, permanecerá naqueles admiradores da
Poesia!!
Bravo, Poeta e meu amigo Manuel Veiga.
Bjos.
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