Abre-se a palavra ao
vento
E no entanto o verbo
Fica preso …
De nada lhe servem
A afoita dança dos
signos
Nem o bê à bá das
leituras
Eruditas …
Nega-se o verbo!
Que nada nesta hora
Inflama a ardência das
sílabas
Nem a espuma das salivas…
Manuel Veiga
11 comentários:
Um poema sublime:))
Bjos
Votos de um óptimo Sábado.
Se bem percebo, é a falta de expiração de poeta. Nesse caso, o melhor, é deixar espreguiçar as palavras e marimbares-te para os verbos, para a gramática e respeitar apenas a sílabas. Reduz-te à sílaba, mesmo que as palavras te pareçam pequenas, siliba apenas, pois não é das sílabas que se formam as palavras e, por isso, das sílabas também que nascem os versos?
Olha como é bonito silibar: a-bra-ço!
Nada detém a fertilidade da inspiração.
E ergueu-se o poema apesar da negação do verbo.
Beijo, meu amigo Manuel.
Também o verbo está em greve? Que reclama? Ele que se decida antes por uma manifestação. :))
Do nada, do nada... saiu um belo poema!
Difícil faltar inspiração pra você, poeta!
Um beijo, e um lindo domingo de inverno!
Bom dia Manuel,
Outro poema muito belo.
Prende-se o verbo mas a poesia, como que impelida pelo vento, solta-se magistralmente.
Beijinhos e bom domingo.
Ailime
Que descanse o verbo
Que não se inquiete o poeta
Ressurgirá fortalecido seguramente
Por vezes, perante as incongruências dos dias que atravessamos ficamos sem palavras, a eloquência se esvai, ficamos enredados, e o bê à bá que poderia ser de fácil soletração enrodilha-se nas sílabas. Mas o Poeta consegue transformar essa dificuldade num soberbo poema, oferecendo-nos um belo momento de leitura erudita.
Gostei muito, Manuel.
Abraço
Olinda
Meu amigo Poeta,
Sinceramente, não acredito que o verbo se negue ao
teu convite de fazê-lo um percurso com as palavras
plasmadas de beleza, significados e arte, na
estação Poesia.
Acredito, que um poeta do teu nível, as sílabas se
rendem para brilhar no teu palco do verbo Amar-Poesia!...
Surge este poema original e analítico sobre o processo
do poeta no seu perfeccionismo, a se queixar da fuga do verbo.
Maravilhoso, meu amigo.
Bjs.
De qualquer modo se rendem as palavras, elas não resistem ao seu chamado ainda que o verbo se negue.
Aqui raia a manhã. Um bom dia!
Um abraço
De qualquer modo se rendem as palavras, elas não resistem ao seu chamado ainda que o verbo se negue.
Aqui raia a manhã. Um bom dia!
Um abraço
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