Digo-te mátria e barco
E sonho desmedido
No alvoroço.
E águas
Fundas
Distâncias volantes
Que se abrem
E fecham
Vorazes
E retornam
Ondas alabastrinas
No palato das horas
Fecundas.
E o cais deserto
É agora movimento
Entre a miragem
E o achamento.
Manuel Veiga
12 comentários:
Entre mátria e barco o achamento acontece!
Abraço
Mátria...pátria. ..nosso mundo...nossa casa. Lugar onde nascemos e nem sempre vivemos; as águas turbulentas, " fundas", raivosas fazem o nosso barco andar à deriva e procurar a calmaria noutras paragens; pate-se em grande " alvoroço e grande " sonho " , mas...desilusão. ..foi só uma miragem e o " achamento " não passou de um sonho; no cais deserto voltamos ao barcoe rumamos a casa,,, à nossa matria...ao nosso espaço.
Demorei a vir cá amigo, mas depois da festança vem sempre um tempo de " preguiça ", de descanso. Hoje cá estou, eu Emilia e não Olinda, para admirar a tua bela poesia, nada simples, mas muito boa e tambem para te desejar um novo ano com muita saúde e disposição para escreveres deste modo, com palavras difíceis, como diziamos na primária
Quanto à Olinda, ée uma Grande amiga e não te vou dizer por que falei nela. Tens de descobrir. Um beijinho
Emilia
Que fôlego, meu caro Manuel! E o poema se acha.
Resta não perdermos a esperança para mátria brasilis!
Um abraço, caro amigo!
Emília,
uma distracção imperdoável a minha!
peço desculpa - o nome é nossa identidade, por isso é aquilo que mais valioso ostentamos.
que releve a meu favor a elevada consideração que tenho pela Emília e pela Olinda.
grato pela presença amiga
abraço
A gravidade nos finca ao chão - cá estamos, todos, no solo, por ela -, os sonhos, não: desprendem-nos de determinados pesos da realidade. Belo poema. Abraço, Manuel.
E, da tua lavra, é sempre um achamento, no sentido do valor, da elegância e da dinâmica da língua portuguesa.
Beijo meu, amigo Manuel.
Lindo poema:))
O nosso amigo Gil António, diz :- Amar-te na tua essência de mulher
Bjos
Votos de uma óptima Quinta - Feira
Poderia optar por seguir a linha que me levaria de "Mátria" a "achamento". Mas não. Prefiro seguir nesse barco em alvoroço que me promete surpresas mil entre ondas alabastrinas e miragens, águas fundas e horas fecundas. Pouca importa que o cais esteja deserto pois nada é imutável, tudo se move.
Abraço
Olinda
Mantenho a esperança que uma hora dessas a gente encontra o poder mátrio...e tudo se acha.
Belo, meu amigo!
Beijo!
Manuel, meu amigo
Vejo neste teu magnífico poema, a declaração de amor,
paixão e encantamento das horas fecundas da vida, na sua arte
de palco, barco, mátria, pátria e "sonhos desmedidos" no
movimento das buscas e encontros...
Um poema tão belo na infinitude de sentires, que ficamos
rendidos na sua magia de movimentos das palavras-imagéticas,
desde o "cais deserto" à "miragem e o achamento"...
Um privilégio para mim, ler, acompanhar e me encantar
com a tua Poesia!
Um beijo, Poeta.
Bom dia Manuel,
Fecundas as palavras de tão bela poesia.
Beijinhos,
Ailime
Belos versos.
Bjins
CatiahoAlc. do blog Espelhando
Obs: se desejar conhece meu blog de Frases
https://frasesemreflexos.blogspot.com/
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