1.
Enamoramento das
palavras
No interior do poema. E
a subversão
Do Mundo…
2.
Cadências mudas. E formação
De concordâncias. E a iminência
de sílabas
E das salivas…
3.
Olhos nos lábios a
desenharem
A desordem dos
sentidos, E a orla do verso
E do reverso...
E do reverso...
4.
Ninfas nuas e faunos
Em seus folguedos. E cítaras nos dedos.
Em seus folguedos. E cítaras nos dedos.
Pagãos que somos...
5.
5.
E puros...
Manuel Veiga
3 comentários:
São assim teus poemas. E que bem os explicas!
É um poema germinado no poema - olhos nos lábios e cítaras nos dedos.
FABULOSO!
Grande abraço, meu amigo Manuel.
Meu caro Poeta
Posso fazer uma apreciação, deste poema, muito minha?
Vou fazê-lo, do que lhe peço, desde já, mil perdões.
Para mim, a numeração destes conjuntos de versos traz-me, não sei de onde, a visão de uma via sacra. Passos que se vão sucedendo, numa reflexão sobre o conteúdo de cada verso, o interior do Poema vivido e rejubilado. Uma subversão do Mundo, expressão sua num dos seus poemas. Uma via sacra em que "Somos pagãos e puros" em folguedos musicais e divinos.
Um contra-senso, eu sei. :)
Abraço
Olinda
Encadeamento teórico-poético a provocar e seduzir o leitor a pensar no que é o poema. E alguns caminhos são mostrados no desenho delineado com palavras-chave para cadeado entreaberto...
Um abraço, caro poeta!
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