Visto-te de palavras. Dúcteis.
Daquelas
que derramadas sobre a pele
Se
incendeiam. Balsâmicas.
As
salivas
Escorrem
pelos lábios labaredas
E
se derretem na boca e descem
Líquidas.
As palavras.
Bem
ao fundo.
Cântico
E gargantas.
A gemer murmúrios
Tão
livres. As palavras
Ardem.
E os corpos se redimem
Brasa
acesa.
Manuel
Veiga
8 comentários:
Está tão estragado, o meu corpo, que não sei se um oceano de palavras bastará para o redimir...
Abraço, Manuel!
Nas palavras.
Febre, fantasia.
E o lume a alimentar
a sede
que nos corpos havia...
Um abraço, caro amigo Manuel!
O poeta, meu amigo Manuel Veiga, sabe bem da corrosão e da doçura da palavra, destruição de salvação. Belíssimo poema.
Uma boa semana, com muita paz, nesse momento sério em que retorna o vírus.
Grande abraço, Manuel.
Adorei o poema! :))
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O Paraíso Enfeitado ... 🙏
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Beijo, e um excelente Domingo: Dia de todos os Santos.
Fique em casa, se puder! :)
Tão flexíveis e sincronizadas - as palavras. E tão ajustadas à estética e à pulsão de um belo tango.
Um poema moldado como quem dedilha um corpo.
Beijo, Manuel.
São as palavras líquidas que incendeiam os lábios para mitigarem depois a sua sede...
Belo, como é costume.
Uma boa semana, meu Amigo.
Cuidem-se bem.
Um beijo.
Um Poema incendiário, diria.
Tudo derrete à sua passagem.
Salva-se a redenção dos corpos
pelo derrame das Palavras.
O Cântico dos Cânticos.
Manuel Veiga, magnífica a sua escrita.
Abraço
Olinda
Boa noite Manuel,
Um poema belíssimo repleto de paixão e sensualidade.
Gostei imenso.
Um beijinho,
Ailime
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