Quando for grande quero ser um poeta
Imensooooooo
… E um senhor bem-posto!
(Está
mais que visto! …)
E hei-de cantar (e voar) como os passarinhos… piu… piu
E mandarei abrir um buraco negro no meu quintal
E caçarei gambuzinos. E serei pintor
De arco-íris festivos…
E de
porta em porta e por todas as esquinas
Andarei a
apregoar meus préstimos
De
almocreve de metáforas e pintor
De sonhos
coloridos…
Mas, não,
ainda, não – sou muitooooo pequenino!
E colho
cores tresmalhadas que guardo
Na minha
caixa de prodígios. E deixo
A macerar
em fogo brando
Até ao
branco mais puro…
E, nessa
brancura alva, derramo
Minha
alma nua. E ergo (a preto e branco)
Meus caminhos
rubros.
E colho a
flor de cacto, que fenece
Como
nasce – num murmúrio!...
Ou talvez
uma prece – quando for grande
E fato
domingueiro…
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