Fermente esvoaçar da pele em murmúrio
Mudo.
Levíssimo sopro de teus braços
A
envolver o arfar do peito em círculo fechado
Tão
íntimo que nem sequer o rubor fala …
E
tão discreto como se fora suave acaso.
E
nenhum mistério…
E,
no entanto, sem palavras (proibidas)
Ambos
nos sabemos, mais do que somos:
Tu
és argúcia e capricho. E a chama que
Reclama.
Eu tentação e devoto – obscura
Configuração do Desejo –
Como
se fora teu pasto.
Manuel
Veiga
9 comentários:
Olá, caro amigo Manuel Veiga,
certamente nem precisaria dizer que me sinto bem nesse espaço poético e literário, em contato com as suas poesias, todas elas de excelente qualidade, como "FRÉMITO", esse seu belíssimo poema que me levou a mais de uma leitura, nas quais fiz descobertas de imagem e intenções belíssimas.
Então, como não agradecer a possibilidade de tal leitura?
Uma excelente semana, amigo Manuel.
Grande abraço.
Olá, meu amigo Manuel, o poeta sempre a escrever poemas de grande beleza, sempre belo na forma e belo no conteúdo.
Que bom, amigo Manuel, dar-nos a conhecer esse seu poema!
Uma ótima continuação de semana, amigo, aqui estamos num feriadão, desde sexta-feira, 'Dia da Padroeira do Brasil' juntamente com o 'Dia da Criança'. Haja alegria! rs
Um beijo.
Um poema sublime, onde a argúcia e o capricho se entrelaçam na tentação do devoto...
Excelente, na forma e no conteúdo. Os meus aplausos.
Continuação de boa semana, caro amigo Veiga.
Abraço.
É assim um encontro amoroso, aquele encontro intimo no aconchego do quarto, pele com pele, mudos ambos, pois as palavras se dispensam; dizes que são " frémitos ou quase nada" e, claro há frémitos e não são poucos, pois a momento é de paixão, mas " quase nada ?" Bem...não posso saber o que queres dizer, mas, na minha opinião, se for só paixão, quase nada significam os frémitos... agora, se no acto tão intimo se misturam os dois sentimentos , paixão e amor, os frémitos são tudo, uma explosão de emoções que saltam de dois seres entrelaçados , unidos por um grande amor. Não interessa nada a minha interpretação, Manuel, o que importa aqui é a beleza do poema e o que o poeta sentia na hora de colocar as palavras no papel, o resto....não passa de ponto de vista, de interpretação. Interessa também dizer que gostei muito. Obrigada, Amigo! Um beijinho e SAÚDE para todos aí em casa
Emilia
Não te esqueças de vir.
Acrescentas claridade.
Beijo, meu amigo Manuel.
Poema belíssimo, amigo Manuel Veiga.
Quase redundante procurar palavras
apropriadas para comentá-lo se elas
já aqui estão, como estas, "...círculo
fechado tão íntimo que nem o rubor fala"
ou "ambos nos sabemos, mais do que
somos".
Diria que destas ressaltam, bem como ao longo do
Poema, confiança e cumplicidade mas também
insatisfação por algo almejado e ainda
não cumprido.
Sempre a admirá-lo, Poeta.
Abraço
Olinda
Já aqui não passava há muito - tenho andado longe da blogosfera.
Mas gosto tanto do que aqui leio!!!
Belíssimo poema, meu Poeta!
Aquele tom clássico no cuidado da Língua! Excelente.
Beijo
Boa tarde Manuel,
Um poema brilhante como é seu apanágio!
Parabéns!
Um beijinho e continuação de boa semana.
Ailime
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