Ao princípio, antes dos nomes,
Quando todas as coisas fluíam na inocência do porvir
Acordou,
na margem, aos olhos do poeta,
Uma
centelha (ou uma lágrima) fulgurante
Que a si
própria se ergueu e se ungiu
Como
Prodígio. E Mensageira.
E então
todo o Caos se (des)ordenou.
E todas
as cores e todos os sons.
E todas
as formas. E todas as fórmulas.
E todos
os ritos se abriram.
E todos
barros...
E todas
as sarças foram chama a arder na boca
De todas
as palavras.
Manuel
Veiga
1 comentário:
No princípio era o Verbo,
E o Verbo se fez Homem...
e Antes de Todos os Nomes, surge
aos olhos do Poeta uma lágrima,
uma centelha, e fez-se luz, e o
caos se ordenou (ou desordenou)
e as palavras se nomearam e talvez...
o Amor seja a "chama a arder na
boca//De todas as palavras".
Belo Poema, Manuel Veiga.
Abraço.
Olinda
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