vão secos e dolentemente esventrados os rios
da minha infância – e eu com eles!
vara do tempo a marcar as horas
pelo ponteiro das sombras
na espera que a noite tombe
e que venha o canto da ave
que se solta sempre
ao anoitecer…
sábios os que suavemente
adormecem com a alegria
dos faustos dias
e das rosas
que pouco vivem
mas são eternas …
Manuel Veiga
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