domingo, janeiro 12, 2025

VONTADE DE POEMA


Abre-se o poeta à vontade de poema

e negam-se as palavras

Sobram porém duas

Pequenas pérolas

A iluminar

Moldura do rosto

E a tumescência de lábios…

E o vértice do decote

A derramarem-se

Como lago…

De proibidas

Águas…


~Manuel Veiga

1 comentário:

Olinda Melo disse...

Belo poema que deixa adivinhar mundos de encantamento
e magia. Ficamos a pensar que duas palavras serão essas
com que o Poeta terá de se haver.
Abraço, Manuel Veiga
Olinda

FRÉMITO

Fremente esvoaçar da pele em murmúrio (Quase) mudo. Levíssimo sopro de teus braços A envolver o arfar do peito em círculo fechado Tão íntimo...