A toalha estendida. Alva.
E a sofreguidão dos rostos
E o pão contado
Por cabeça.
E o vinho em roda
Escorrendo
Nas gargantas…
E a brisa provisória sob o freixo. Frondoso.
A suspender canícula.
E o odor acre dos corpos. Reclinados.
E o dia claro.
E a estridência das cigarras.
(e a cal de meus dias)
E os tordos da infância...
Revoadas de sonhos
Em tela branca
No oiro das searas
De azul (im)perfeito…
19 comentários:
Aí poeta
pelo que me conta
embora o pão contado
se chegasse eu
por fraternidade
dar-me-iam um bocado
e do vinho a metade
partilhada
retribuiria
participando
na revoada dos sonhos...
Que belo o oiro das searas ondulantes como os seios de quem corta o põa e (te) serve a taça de vinho...
Beijos.
...e as mulheres grávidas trabalhando dobradas sobre si mesmas até ao parto, nas ceifas.
Bom final de semana.
Como é bom sonhar!
Abraço
Piquenique perfeito. :-)
Abraço
"Para lá do azul"
talvez ainda seja mar
Pego carona nesse azul perfeito... deixando o vento espalhar o pensamento
sem mapas
a posição é a do sol
o carinho preguiçoso
e a sensaçao que o poeta canta:
"sou lua
sem face
cem fases inteira
pela metade"
lindo poema heretico
estendo a toalha. rs
abraços
PS- te aborreci com o email, nao?
desculpe
Que beleza e que sonoridade! O azul transparecendo das palavras.
Gostei!
[Aliás, ou não fosse o azul perfeitinho]
:)))
Lindo!
Ao ler...pensava no meu Alentejo, coisas minhas...
Beijos*
... tu sempre me encantas neste 'teu' lado poético!
Lindo!
Um beijo,
um poema que é uma autentica aguarela...
beij
Mais perfeito, não podia...
Beijo
Gostei de ler.
Obrigada po restes momentos.
Beijo
Poeta,
Há sempre uma paisagem de sonhos dentro de nós...de um azul que não se desbota, como não se descolorem as nossas lembranças dos dias bons...
Versos repletos, versos que emudecem e aguçam o silêncio de pensar e pensar a vida...
Beijo,
Genny
E um poema soberbo...
Parabéns
Ná
A vida rebobinada, com os cheiros, as cores, os sons, os pássaros dos dias contados. Lindo!
Um abraço.
memória poetica! E que belo bordado! com a tua marca de alta qualidade.
abraços,
Véu de Maya
Era tudo contado...
Coisa que está a começar a acontecer de novo.
O teu poema é muitíssimo bom, não só pela forma, que é brilhante, mas também porque conseguiste criar a atmosfera correcta em relação a um quadro campestre que tende a desaparecer ou já desapareceu mesmo.
Um abraço, caro amigo.
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