Inquietantes os
dias sem memória
Como se o magma
em que se despenham
Fosse apenas mar
de sargaços.
E o sol que das
cigarras tem o canto
Fossem pingos de
chuva. Gelados.
E as bocas
fossem apenas grito sufocado. E o cântico
Vazio das almas
saturadas...
Ou fossem vãos desertos
Das portas...
Caminhamos
injustiças como quem apascenta
Descuidados
rumores da fome. E (des)esperamos
Que nesta
auréola de frio escorra o sémen
Das horas. E
germine a vibração do tempo...
Incertas as
praças. Prenhes embora de couraçados.
E auroras faiscantes...
Lá longe o farol
clama.
Na intermitência
das dores. E dos relâmpagos...
8 comentários:
Um dia falaremos... de flores?
Cravos?
Deste tempo de angústia , brotara´luz !!
Bons sonhos.
Precisamos reativar a memória heretico,
fico a pensar nos portugueses e suas circunavegações,as grandes conquistas por mar e terra,os grandes descobrimentos, onde ficou essa coragem rs cadê o espírito aventureiro?
os mares continuam desconhecidos e
como disse o escritor : 'Há muitas auroras que não brilharam ainda..."
Éspero que a luz do farol não esteja tão longe e a nação portuguesa encontre o rumo.
Linda poesia , também gosto dos 'gritos Não sufocados' .
escrevi muito ,tente ler no sotaque brasileiro ok? rsrs
abraço
"Na intermitência das dores."
tão inquietantes são os dias
Saudações amigas
A luz que se faz anunciar no teu poema vai iluminar-nos a rota.
Abraço
... tempos de angústia, de medo(s) de sonhos desfeitos...
Um beijo afectuoso,
e um dia na praça
falaremos de luz e poesia
e das palavras que me calam a laringe
infectada de espinhos
como as rosas em caladas madrugadas
beij
e de luz falaremos.
:)
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