Ainda não forma.
Obscura coisa que lateja
Como subtil
linfa murmurante. E raiz de nada.
Que no entanto
sobe na cor indefinida...
Nada detem a
placenta. Nem o cordão que alimenta.
E também mata.
Nem a brevíssima amiba
Como flor da
palavra logo extinta em suas
Dores de
humanidade...
Efémera embora a palavra resiste. E tece seu trama
Sob império Outro
– diagrama em que o Sujeito
Se despenha...
É necessário
sorver o vazio em que a vertigem irrompe.
E na minúcia da
espera vencer inóspitas fronteiras.
E reduzir
opressivas visibilidades. Estratificadas.
Na matriz inaugural...
E nas dobras do
tempo – e das coisas - soltar amarras.
E produzir resistências
na metamorfose dos dias
Para que a Palavra
arda...
9 comentários:
Que vivam os relâmpagos
soltem as amarras
Abraço amigo
E a Palavra arde!
Abraço
"Para que a Palavra arda."
Beijo
Ressistamos, sempre.
Amigo, venho convidar-te para ires ao "são", pois há algo à tua espera.Oxalá te agrade e aceites.
Bons sonhos
Tenho algo para ti. Passa lá. Um grande bj
Oi heretico
Umas das formas de 'produzir resistências' aqui está _ um poema.
Quisera saber exprimir escrevendo e assim resistir ao incompreensível, sentir menos a dor ou espantá-la aos gritos com as palavras.
Sem conhecer seu tom de voz adivinho a sensação da escrita inquietante diante da falta e da necessidade que a 'Palavra arda' ...
diria: 'só Deus' se nao soubesse que és agnóstico...rs
fico entao nos abraços
Palavra poética sublime em Fogo Puro. Excelente, meu caro.
Abraços,
Véu de Maya
porque a palavra elabora o pensamento...
muito forte e cheio de significados..
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