Quando no prumo
dos dias
Os passos em
zéniteDesafiam a distância
Como asas...
E as montanhas se abrem
Ao eco de indizíveis nomes
Que soletro e
Esgravato na urze
E no cardo...
E sol se verga
Em curvaE a sombra se encaminha no pastoreio
Da memória...
Quando a coruja
de Minerva
Solta seu gritoE seus prenúncios...
E o bronze dos
portais
Se abre aos murmúriosE ao cântico
De velhas e novas carpideiras...
Afasto o bordão
do tempo
E nas entranhasDas aves
Exorcizo meus presságios...
E ergo minha
taça
De vinho e fel...
E no rosto
cansado dos homens
E no negro das
mulheresDe outrora
Inscrevo então minha
insígnia
De cinza e águaNo pórtico
Dos dias claros...
Manuel Veiga
14 comentários:
Muito belo o poema. Com um final a não perder de vista!
Bj e Sábado tranquilo
Inscreverei também!
Muitos bjs
ah, meu caro!
excelente e tão oportuno.parabéns ao poeta e um grande abraço.
Véu de Maya
De estrofe em estrofe, cheguei ao pórtico onde ficarei à espera... "Dos dias claros..."
Um beijo
Laura
Belíssimo!
Abraço grande
Belo poema! Cheio de força!
Beijinho
Grande Poema!
Nem sabes como anseio ver a tua insígnia de cinza e água.
Abraço fraterno
Selo branco
a justapor à declaração
de falência das trevas
e de inicio de uma nova era
Poema ou sinete?
Belíssimo poema!
Que falta nos vai fazendo uma deusa que, em alerta constante, espalhasse Sabedoria e Justiça.
“A coruja de Minerva alça seu vôo somente com o início do crepúsculo.”
Friedrich Hegel
dias claros virão...no cimo do sol e no adejar dos pássaros...
muito belo!
boa semana.
beijo
:)
Belíssimo poema, ao meu gosto, sem amores, nem rodriguinhos. Que eu os possa continuar a ler nos dias dos teus aniversários.
Parabéns pelo dia de hoje,
Peter.
"Quando a coruja de Minerva
Solta seu grito
E seus prenúncios..." a sua poesia, sábia de vida, de caminhos e de princípios, eleva-se, qual iluminura ou dias claros, belíssima.
fraterno abraço
bem haja!
Mel
Um prazer voar com voce nessa cena_ diante do templo...
- presenciar homens de bem desafiando dias não tão claros!
_pudesse eu exorcizar meus demônios, 'erguer minha taça' e seguir o eco...
Parabéns , amo sua poesia.
Saudo o poeta, pois...
:)
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