Ver Poemas Cativos - in LouresMunicipio
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O poema é o centro – como livro, agora –
Ara, incenso,
ícone ou hino – não mais cativo.
O poema está agora
noutro lado.
Ilumina-se –
fogo ardido - rosto de dias peregrinos
E memória do
futuro – em cada palavra e verso.
Tatuagem de um
tempo sem regresso
Arde festivo -
dança o momentâneo brilho -
E recolhe-se
desamparado...
Combustão de afectos
mal guardados.
O poeta – qual
cadinho – atiça o fogo
E derrama-se
como água e soletra as cinzas
Quentes ainda -
bago a bago...
Manuel Veiga
9 comentários:
O Poema está aqui, inteiro no limiar do gesto, Infinito-Presente, por dentro da amizade.
Obrigado meu Irmão
Um abraço
Precioso é esse cadinho que, quando aquecido com o fogo dos sentimentos, transforma em palavras o que vai no coração do poeta...
Beijos e paz, heretico.
Nunca a poesia é cativa...
Parabéns!
O poema e o poeta, uma simbiose dos céus.
Beijo
Estaria cativa a poesia se não tivesse sido dada ao público através do teu livro.
Beijinho
Também eu sou grata à Virgínia. Mas nunca soube dizê-lo deste modo encantador.
Penso que o "Poemas Cativos" já vem a caminho. Deve chegar amanhã...
Beijo
Uma rica forma de definição e abordagem. Um lindo poema, que merece leitura e que não conhecia. Abraço.
Que o poema não fique cativo, que possa sempre ganhar a liberdade de pertencer a todos. Parabéns!
Beijo
a poesia tem que ser livre como os pássaros...
:)
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