Babilónia é uma selva. Onde predominam coiotes e outros animais menores...
Um
dia apareceu um animal largo de promessas, que de si próprio dizia ser “um
animal feroz”. E os babilónicos entregaram-lhe o poder...
Cedo,
porém, verificaram que as promessas eram de submissão aos animais mais fortes
da floresta, que estrangulam a cidade... Muitos o detestam, por isso...
Em
gritaria a Praça, outrora tão solícita, hoje clama que a sua “ferocidade” não
passaria de ganância. E em grande chinfrim os coiotes cercam o “animal feroz” -
a quem invejam a presa...
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E um
velho leão, com a juba gasta e quase cego de tanto ver, indigna-se:
“Larguem
o animal à sua sorte – e que a lei da floresta funcione! – Mas que os asnos (e
os invejosos) não lhe atirem patadas...”
9 comentários:
E que razão tem o velho leão: asnos e invejosos é o que mais há, a começar em Belém a a acabar no Parque das Nações, com passagem garantida por São Bento e pela Rua da Escola Politécnica.
Abraço
Vivemos num país único, para o melhor e para o pior. No que respeita ao poder, a caderneta de cromos é de uma enorme riqueza.
Abraço
~
~ Os babilónicos andam atónitos perante o ataque veloz dos coiotes e procuram discernir onde se encontra, realmente, a podridão. ~
Não sei quem mais me repugna
se aos coiotes se aos asnos
quanto aos babilónicos,
espero-lhes outros gestos,
à beira da urna
Dá pra sentir o que há nas entrelinhas. Há até um leão cego de tanto ver...
Beijo heretico!!!
Mal dos coiotes, das hienas e dos chacais se algum deles cair, já que os asnos, coitados, só sabem escoicear, e tarde, mas não passam disso.
A fera que promete defesa dos incautos se alimenta. Abraço.
Muito real esta fábula cujas personagens surgem bem caracterizados, em especial porque sendo irracionais movimentam-se sobre duas patas e, à vista desarmada, até parecem gente!
Bjs.
Sócrates não está preso
está detido
até um dia como outra canalha ainda à solta se tornar feroz
e sair dos aposentos
em festa até acordar o meu cão de barro
Abraço amigo
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