O vento. Um nome.
Uma mantilha solta. Sem outra cor...
Apenas a pele. A letra soletrada.
A flor estendida. A oferta.
E o carmim do beijo antes dos lábios...
Apenas o gesto. Não a pétala.
Nem a rosa profanada...
Apenas brisa em mão aberta.
E um raro perfume escondido. E o sonho da montanha.
Trepando. E o lago dos olhos. Alagando-se...
Apenas um rubor mal desperto.
Ainda...
E este alvoroço da tarde
Em azul aberto. Que de tão ténue
Resiste...
Manuel Veiga
8 comentários:
Mas que linda e sutil descrição do amor, que não é nada mais que essa tênue brisa perfumada, e que ao mesmo tempo é somente o que importa.
Um beijo.
.
~ ~ Um poema à flor da pele... ~ ~
.
Como que uma insustentável leveza do ser e do amor... diáfano ...
Beijinho
Em azul aberto
visto da montanha
com ou sem mantilha
só podias ver o que viste
um amor perfeito
Abraço poeta
Esses versos de frase muito curta (ou expressão), resultaram muito bem!
Saudações poéticas!
Olá Manuel,
Belíssimo!
Apenas o sentir inscrito de poesia
num movimento dos instantes
luminosos que permanecem, a
memória viva dos gestos do amor...
Fico feliz quando encontro um
espaço de arte poética no
nível de qualidade literária,
beleza e inspiração.
Gostei imenso de tudo que
eu li aqui.Voltarei...
Abraço.
Amar ao vento...
Abraço meu irmão
Gostei tanto que... "roubei".
Um abraço :-)
Enviar um comentário