COMO SE FORA
RITO...
teus dedos
açucenas em meu corpo aberto
e os olhos
vendados. Como se fora rito
ou cerimonial
secreto. Sou levitação.
Agora meu corpo é
algo místico a planar
Veludo de carícia
e macieza da voz
Passagem de mãos
em minha pele
Sede a abrir-se a novos
mistérios
e a alastrar em
murmúrio
que apenas tuas
mãos conhecem
e, quando os dedos
se enlaçam
em inocente jogo e
expectante espera
e primaveril
encantamento
solta-se então o
percurso das águas
que enjeitas, embora
sabendo
de teu desejo…
E sei então de ti
pelo movimento
As pálpebras e pelo
arfar dos seios
E teu doce sorriso,
Cativo porém
De tresmalhados
Sentimento...
Manuel Veiga
4 comentários:
Belíssimo, este Rito, Manuel.
Um abraço!
Um percurso mágico aquele que nos conta, amigo Manuel Veiga
Dedos de açucenas de suavidade plena, desencadeando a senda das águas, com a misticidade própria de um rito maravilhoso...
Abraço
Olinda
Gosto do rito. 'como se fora'
abraço, mVeiga
Peota do corpo também. Um abraço físico.
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