No dorso das
coisas imperecíveis um frémito
Uma ligeira
agitação como se invisíveis dedos
Profanassem sua
quieta permanência...
Uma subtil
ruptura tímida que oscila
Sem ser fenda
nem passo. Ainda.
Apenas dança
A abrir-se
Em promessa
Contida.
E o palco. Aberto.
Esquivo
Nesta espera.
Sinais de fogo
Em luta corpo a
corpo
Entre a fria
noite
E o claro dia
A (re)fazer-se ...
Manuel Veiga
9 comentários:
Prelúdio em dó maior, " A (re)fazer-se" em passo de dança...
Boa noite!
Lídia
Não ardam os sonhos
Abraço
Um prenúncio do que virá
Equilibrada alternância entre «uma ligeira agitação» e os eminentes «sinais de fogo» - poesia sempre equilibrada na busca da palavra certa. Sempre bela e diáfana....
uma dança de palavras onde o palco é pequeno para tanto talento.
e a espera contida no fogo que desperta em todos os sentires.
belíssimo!
:)
A propósito daqueloutra fotografia:
gosto da tua Poesia, porra!...
abraço.
Belíssimo!
O sol, a luminosidade na dança
das cores, o maestro com a
música dos dias, os sinais
de impermanência no
palco-vida...
Toda a luta é tremenda antes da germinação.
Abraço
Este é o sopro que acende o poema, querido amigo. Um abraço..
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