Babilónia
tem uma nova legenda - gravada a fogo na
pedra e flamejante em todos os mastros!...
“Somos o que escolhemos ser!...” – proclama Hammurabi, o legislador,
frente ao espelho, elevando-se ao céu de seu umbigo...
A
Praça, entorpecida, rosna apenas. E entretém-se a ver os pombos pousar...
Os
babilónios, dobrados, - mas não vencidos - “aguentam,
aguentam...”
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E
os ossos do glorioso vate, rangendo na tumba: “Ó glória de mandar! Ó vã cobiça. Desta vaidade, a quem chamamos Fama!...”
E
exortando os babilónicos a desafiarem os Fados: “ouvi-(me), pois que não vereis com vãs façanhas/fantásticas, fingidas,
mentirosas/louvar os vossos...”
10 comentários:
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~ Hammurabi - o patético - escolheu cedo ser um mandrião e, muito feliz,
provou agora que se orgulha do facto.
~ Muito incentivado - e muito mimado - por seu pai médico, só acabou o
curso aos 37 anos, na privada, já com o engodo de empregos milionários.
~ Até lá, sustentou a família à custa dos proventos de 'jotinha' bem falante.
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O teu irónico texto, com impecável erudição de historiador, está hilariante!
~~~~ Beijo. ~~~~~~~~~~~~~~~~~
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Hammurabi já só enxerga mesmo "o céu do seu umbigo". Os babilónicos olham os pombos e pensam que está na hora de enxotar todos os "Hammurabis" desta terra... Que a coragem não falte.
Um beijo, meu amigo.
Fama e poder, tão ilusórios! Mas enquanto persistem, os que os abraçam não olham para baixo. Abraço.
Vais perdoar-me
mas hoje
estou a comemorar
fumando um Lopetegui
Puma, amigo
e eu a julgar que preferias comer a fruta, lá do norte...
abraço
«Volta Buíça, está aperdoado!!!»
A vaidade é uma cegueira que
aproxima do abismo do ridículo...
É muito bom a ironia para se
desraizar do excesso de
importância.
Apreciei muito o texto!
Beijo.
Babilónia está a tornar-se, infelizmente, um autêntico study case no que respeita à submissão.
Abraço
Ainda bem que os babilônios aguentam e não se dão por vencidos, tomara...
Beijo, Manuel!
Ah, essa tua "Babilónia" tão cheia de contrastes... Tantas assim a existir por aí... por aqui!
Majestosamente belo, se assim posso me expressar ante a grandeza do poema "APENAS UM TIMBRE ROUCO..."
Nas estrelas, um sorriso,
Helena
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