"Pensava que os exércitos de operárias e operários pobres e explorados que contribuíram para a acumulação primitiva do capital industrial têxtil que pagou a folia e o requinte de Serralves estavam finalmente justiçados com a abertura do jardim e do museu à res publica. Engano. O Estado e os tios e tias dos fundadores da fundação mais as suas empresas e piedosas obras de mecenato e outras manobras de distinção e tudo que lhes dá um verniz de arte contemporânea e de empenhamento social decidiram apoiar esta decisão inteligente e oportuna num tempo em que a entrada grátis ao domingo de manhã era mais que justificável (...)
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5 comentários:
Um texto muito pertinente. Cada vez mais se vai vulgarizando essa coisa de certa arte só ser para certa "elite", seja isso o que for. Aqueles que ajudaram a construir tanta coisa boa neste país cada vez vão ficando mais esquecidos. E quem quer lembrá-los? Revolta, não é?
Um beijo, meu Amigo Manuel.
Ah a populaça para as "elites" não conta nada, e os bens culturais geralmente devem ficar numa "redoma" para as mentes peregrinas que supostamente os entendem! Nada de novo aqui.
xx
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Um destaque pertinente e justo.
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~ Excelente semana, Manuel. ~
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Nunca fui a Serralves. Mas hei de ir e, assim sendo, tanto faz o dia que escolha para o fazer.
:)
Certamente você está com a razão...
Beijos, Manuel!
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