Nos caminhos que
nos habitam. Inesperados.
Irrompem por
vezes rubras flores. Em cada passo.
E fincam raízes
por entre pedras. As flores.
E se dobram
soberbas
E se amaciam...
E dóceis se
acolhem nas margens.
E na penumbra.
E colhem os
ventos.
E explodem
solstícios.
E no horizonte
se derramam
Como galeras de um
sonho.
E fervem no
olhar
Como eternas
ilhas.
E flor-bacantes
Se vestem de
perfumes
E se incensam. E
excessivas se incendeiam.
E gritam seus
clamores.
E no altar em
que se imolam são ainda
A inocência pura.
E imaculada espera.
Gota de água em
que soberanas
Se fecundam...
Breves que sejam.
Flores carnívoras.
Ou perene que
seja o deslumbramento
Que anunciam.
Manuel Veiga
12 comentários:
As flores são sempre belas, embora a sua vida seja breve.Vale-hes o optimismo de renascerem até nos vasos...
abraço
Mas voltam a florir... E deslumbram nesses instantes breves em que se abrem ao Sol....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Olá, Herético.
Belas flores enraizadas nas pedras. Haja resistência!
abç amg
Rubras flores que se realizam no abrir de caminhos para os demais...
Muito bom, meu amigo!
Abraço
Tantas são as flores
nesta desordem de cores
nos jardins
Abraço amigo
A excelência das palavras de um poeta que colhe flores
rubras no caminho, estas flores transfiguradas em ilhas
que se eternizam no olhar na continuidade dos sonhos,
na utopia, sendo assim, breves com a fragilidade da
natureza das flores que se anunciam
no seu próprio tempo!...
O caminho da tua poética é magistral, Manuel Veiga.
Bravo!
caminhos
de flores
de encontros
caminhos de poesia :)
Flores. Aquelas que encontramos nos caminhos. Aquelas que improvisamos e sublinham a cores a memória dos sonhos e da esperança. Aquelas que nos dão poemas assim...
Um beijo, meu Amigo.
Flores, que vão e vem, que renascem em todas as primaveras.
Um belíssima inspiração para um excelente poema.
beijo
:)
Inocência pura enquanto dura
Amaciam as veredas dos dias.
E o poeta canta-lhes o encanto.
O muro é alto mas achei-lhe a porta.
Abraço
Afloram sobre as tempestades do mundo, Vicejam pelos desfiladeiros nos trazendo perfume e os ventos da esperança, além de um belíssimo poema. São as mãos do poeta construindo a morada das palavras.
Abr.,
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Flores rubras silvestres...
Pujantes, delicadas, efémeras,
porém, sempre belas e chamativas,
cumprindo seu grande e breve destino.
Muito belo, amigo.
Beijo, Poeta.
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