Do traço ao
rosto a mão inquieta
Rumor de palavra.
Surda. Murmúrio de luz.
E treva magoada.
Subtis formas. Desvairadas.
Eufóricas danças.
Multi-cores. A
desenharem-se sob os dedos
Imprecisos. E o
indeciso corpo no interior
Do sopro. Alvoroçado.
Tudo se conjuga embora
– linhas e cores.
E o olhar de
fera. E as prevenidas asas:
“Anjo da História” a deter a ventania.
E o desastre.
O poeta tão por
dentro é apenas testemunha.
O drama está
além: na orla de nada!
No fermentar de
mosto. E no chamamento
Da água. Granito
ainda.
E inquieto lume…
Talvez pela
fissura se erga a face dos homens.
E a flor dos
lábios. E os braços líquidos.
Generosos. E os
punhos.
E rio de cores
em que o poeta
Se afunda...
E o poema se
faça absoluta claridade.
E os tempos
Hora!
Manuel Veiga
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