Nem cânticos,
nem glórias que favores
Não tenho guardados em meus
gestos...
Sou rio ou
aqueles montes desertos
Que de longe
atraiam, mas que de perto
Pedras rolantes
apenas, cuidando o
sopro.
E nessa miragem
me despenho. Inteiro.
Que de
mim apenas o voo a que me afoito.
Sem asas de falcão. Nem alvos de
permeio.
Mas fervoroso
nos dados em que me jogo.
Sou nada ou o
infinito – queiram ou não.
De resto – é
como digo - que mais me importa?
De pés descalços
e olhar altivo me visito
Nas rosas que
colho. E nos frutos que semeio.
Amores e
desamores. E o peito
aberto!...
Manuel Veiga
in“Poemas Cativos”
– Poética Edições
Maio 2014
...........................................................................................................
Decidi reabrir os comentários.
Por que sim!
Espero que meus textos continuem a merecer
a vossa esclarecida opinião.
Grato.
Beijos e Abraços.
10 comentários:
aí vai o primeiro...
de peito aberto o poema se faz hino.
(e vertical é o destino)
gostei mto.
um abraço
abraço, Luís Castanheira.
tenho lido teus poemas.
és bem vindo.
O Poeta confessa-se: afirma-se modesto e semeador de rosas. Dedicado
e delicado às flores do seu jardim.
num estilo inconfundível.
Abraço.
Parabéns, meu amigo Manuel!! Assim ficamos com a oportunidade de comentar, seus vídeos, seus belos poemas, seus textos. Uma interação literária tão boa que os blogs proporcionam.
Sou nada ou o infinito – queiram ou não.
De resto – é como digo - que mais me importa?
De pés descalços e olhar altivo me visito
Nas rosas que colho. E nos frutos que semeio."
beijos, meu amigo, uma ótima semana pra você.
Despenhar-se inteiro na miragem e deixar que as aves te emprestem as asas...
Um belíssimo poema, meu Amigo.
Boa semana.
Um beijo meu.
*quanto à escolha musical: uma dupla que mto aprecio. (com o poema é uma tripla...)
Que bom, amigo!!! Tinha tentado comentar, mas não conseguia e cheguei a pensar que era erro meu, mas, afinal tinha sido decisão tua. Não somos nada, neste rio da vida, que, quer queiramos ou não, faz o seu percurso em direcção à foz, mas, nesse entretanto, temos algum poder de escolha e foi isso o que fizeste; acabaste com os comentários e agora decidiste voltar a eles; há que respeitar! No entanto, também posso dizer que gostei que tivesses mudado de opinião. Beijinhos e... fica bem
Emilia
Belíssimo!
Há posts seus que não consigo ver...
bjs
e que mais importa se o poeta colhe as rosas ... no ansiado voo ...
belíssimo poema
beijo
:)
Um magnifico poema... onde se revela o poeta... de peito aberto!...
Mais um notável trabalho, pelo que me é dado a apreciar!
Abraço
Ana
Enviar um comentário