Inscreve-se o
poema no limite da língua
Lugar transitivo
onde o sentido se apaga.
E apenas o rumor
se agita
E se liberta
Pura forma
Inquieta
Que se derrama
Entre as dores
Do Mundo
E a flor
carnívora
Em que o poeta
Se despenha...
Assim toda a
Palavra seja
Guerrilheira.
Manuel Veiga
10 comentários:
ao poeta (no improviso da manhã):
À tua mão prende-se o chão
Na inquietação
Ao teu olhar voa o destino
Inda menino
Ao teu sorriso despe-se o aviso
De todo o perigo.
Caro poeta
Pões as palavras em extenso arco
Qual uma seta
E deixas o pensamento como lamento
No mundo de sofrimento.
Sei que haverá um dia de acalmia
E a seara alimentará o teu suor
Feito de dor
Mas no longo dia recompensado
Com o amor
Por esta terra de mar e serra
E gentes dentro
Em vales banhados por calmos rios
Nos desafios
Que tens à frente.
Sobe poeta essa muralha que atrapalha
A liberdade
Do verbo feito centelha de uma chama
No desespero por sob a lama.
Tens o condão de a mão entenderes
Ao teu irmão
Faz-te então o sonho e a razão
E não deixes para mais tarde de dizer
O que outros jamais dirão.
lmc
Luis, meu caro Amigo
que melhor destino para as minhas palavras, doridas e tensas, que serem tão bem percebidas por um poeta de tua elevada estirpe, onde a Poesia flui com elegância, profundidade e talento?
registo, com afecto, este teu gesto de amizade e cumplicidade literária, reafirmando quanto me é grata a tua presença amiga.
caloroso abraço. grato
Dás-lhe tu a palavra eterna
e eles, na intransitividade
da náusea carnal, deitados
no pecado da insensibilidade.
Grande abraço.
Que a palavra do Poeta e assim, da Poesia sejam
"um lugar transitivo" onde o sentido transcenda
qualquer escuridão das dores do mundo e que:
"Assim toda a palavra seja guerrilheira"!
A tua Poesia é sempre uma fonte de luz na direção
que transcende significados aparentes e alcança
uma imensidão expressiva do Grande Poeta que
tu és, Manuel Veiga.
Beijo, Poeta Amigo.
Palavras...cumprindo suas missões...pelos caminhos e descaminhos da vida.
Adorei o seu espaço..voltarei mais vezes.
abraços meus.
Na palavra o poeta encontra seu lar, seu pão, seu conforto.
E para ele escrever é como expirar o que a vida inspira.Fazendo com que toda palavra seja guerrilheira ao passo que é libertadora.
Muito bom conhecer um poeta, que tão bem transita nesse vasto campo de palavras.
Beijos
Que toda a palavra seja guerrilheira e sirva para combater os grandes males do mundo... em vez de fomentá-los... através da antítese da sua função... o desentendimento...
Um belíssimo poema, com uma forte mensagem!
Belo e inspirado trabalho, Manuel!
Beijinho
Ana
Tua poesia, nossa inquietação.
Bom Ano!
beijo
(tenho sentido tua ausência em 'fragmentos.... embora também eu ande distante)
A tua palavra despenha-se sempre, como um som a nascer bravo e limpo.
Beijo.
Sempre esta poesia maravilhosa por aqui!
Bjinhos
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