Tacteio sinais
furtivos e emoções breves
Como a brisa no
rosto inocente das palavras
Ainda por
dizer...
Germinais os
caminhos e as veredas. Inaudíveis
Sons de um
cântico tão subtil que se esfuma
Em mistério. Como
o decair da tarde no zénite de sol.
Ou apenas um
gosto acre. Depois da chuva.
Doirados são os reflexos
a perseguir
A brisa quente. Sem
outra glória que não seja
A emoção alada.
E o fio ténue que a prende.
Manuel
Veiga
10 comentários:
O "rosto inocente das palavras ainda por dizer". O rumor inesperado da emoção onde se desenha a sede, lentamente...
Muito belo, o poema, meu Amigo.
Um beijo.
sinais esses que o poeta capta (tatei), prende e enleia...
e nos traz em cadeia.
muito bom.
Um grande abraço, amigo Manuel.
A subtileza das emoções travadas pelas palavras ainda não ditas...numa sede insaciável de poesia.
Obrigada pela visita ao meu espaço. Gostei muito da poesia que por aqui se inala.
Adicionei-me aos seguidores. :)
Abraço.
No rosto das palavras a emoção alada do teu olhar
Abraço amigo
Hoje, avesso a todas as metáforas
me rendo as estas
por serem sérias,
por serem belas
Belo poema, mas isso já é um hábito.
Beijos
É bom ler-te. A quem te negar direi eu: - és calhau que nem rio tens.
O fio ténue com que ligas
vogais e consoantes, sílabas,
as "palavras ainda por dizer" e
as rematas à linha verso conduz
à melopeia sonora das emoções
aladas em voo libertador ou sigilosamente contidas no peito.
(não era isto, ontem
não existe mais.
quando se diz
as palavras ardem
no agora da hora.
o mais que possam ser
são eco indistinto)
Abraço
E vamos saciando a sede, meu caro amigo. São tantas a emoções por vir...
Forte abraço,
Persegues, vais tateando a emoção e deixas reflexos que prendem.
É tão enleante a tua escrita, Manuel!
Beijo.
Belíssimas imagens!
Bj
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