Quero da rosa o perfume que nada
O nome me diz. Apenas flor a rimar
Com Cor? Com Dor? Sabe-se lá com que amores
Rima uma flor! Ou que espinho
Cravado. Ou que caule
Decepado! Rosa
Antes da flor…
Que sejam pois apenas as pétalas
E não a dor. E neste ardor
De poeta que seja a flor
Rosa dos dias e
Dos ventos
E não o brilho
Ou o nome.
E que assim a rosa
Seja. Perfume de rosa
Vermelha! Apenas.
Ou cruz de advento(s)
Rosa-maior.
Manuel Veiga
12 comentários:
Belo este poema do qual emanam cor e odor. :)
Até chegou aqui o perfume da rosa vermelha...
Muito expressivo!
Beijinhos rosados...
Maravilhoso!
Bjs
Um verdadeiro jardim poético.
Um belo poema.
Abraço✿
Estou cá lendo esse seu lindo poema e pensando na rosa flor, na rosa espinho... nas rosas que recebi, nas rosas que enviei...
Será que a rosa flor não é mais dor?
Sendo dor ou alegria, é um belo poema!
beijo, Manuel.
Do tempo a ânsia,
da rosa o perfume
e do poema a essência.
Por aqui caminhos de poesia aberta.
Beijo.
Rosa maior. A vermelha. A da poesia...
Um beijo.
De tempos a tempos
surgem flores. Rosas então
Distribuídas em mão. Sem
do jardim cortadas. E só o perfume
Levado. E vermelhas. Paixão do Poeta.
Mais rosa dos ventos "rosa-maior" dos
Pensamentos.
(também gosto das brancas-flores, mesmo nos nomes e dos amores)
Tanto gostei, que demorei no sabor e no comentário tardio.
Aquele Abraço, meu Amigo, Manuel
Só uma rosa deste quilate traria um perfume para esta tarde de sol efêmero, aqui, do outro lado do oceano.
Abraço, meu caro poeta!
Rosa-Maior: perfume e cor, rubra essência de luta e vigor... espinhos, cravados na dor...poesia-flor...
Beijo.
Genny
Já tinha lido, mas quis lê-lo com mais vagar.
É frequente deter-me nas palavras, simbologia. Neste teu poema, foi a rosa. A partir dela fiz várias associações: a rosa flor, e as cores, rosa dos ventos, rosa-cruz e até o Nome da Rosa do Umberto Eco me veio à ideia. Reparei no título "Rosa-maior". Também o poema escolhido de Natália Correia não me foi indiferente.
Estou a ir, provavelmente, por um caminho que não o do poeta.
Vi nele um certo mistério, um tom dissertativo, a vida que avança e do futuro nada sabemos. Importa é ter um rumo, um propósito...
Pronto, cativou-me pela aura e pelo partido que tiraste dos fonemas.
Bjo, Manuel :)
A rosa como caminho da essência, em pura beleza inscrita da
singularidade e da importância de ser única, nascida
na afetividade...
O poeta com o seu dom de nascer palavras, cria o jardim das
palavras vivas; de cores e aromas das rosas-flores-sentires...
Mas, a rosa maior (vermelha!...) é a cor e o poema.
Um poema obra de arte, muito , muito belo!!
Adorei, meu amigo.
Bj.
Enviar um comentário